terça-feira, 21 de julho de 2015

Surge mais uma nova distopia que promete ser um sucesso. A guera pela água começou...

Surge mais uma nova distopia que promete ser um sucesso. A guera pela água começou...


Muito se tem falado a respeito dos livros distópicos, e parece que esse gênero vai crescer e ser explorado à exaustão assim como o gênero policial. Uma obra distópica é, obviamente, uma obra contrária à utopia. Enquanto na utopia tem-se a ideia de um mundo perfeito, na distopia temos o extremo da desgraça. 
As distopias são geralmente caracterizadas pelo totalitarismo, autoritarismo, por opressivo controle da sociedade. Nelas, "caem as cortinas", e a sociedade mostra-se corruptível; as normas criadas para o bem comum mostram-se flexíveis. A tecnologia é usada como ferramenta de controle, seja do Estado, seja de instituições ou mesmo de corporações. Distopias são frequentemente criadas como avisos ou como sátiras, mostrando as atuais convenções sociais e limites extrapolados ao máximo. (Veja aqui a diferença entre distopia e apocalipse)


Êxodo - A Saga do Ouro Azul (Editora Autografia. 90 páginas. R$ 30,00)  chega ao mercado (25-07-15) e promete inovar. A trama se passa em 2065, desenrola-se na gigante metrópole São Paulo, uma cidade hostil, que após o anuncio do Governo sobre um “apagão definitivo”, ficou deserta. A água, nosso bem mais precioso, nosso "ouro azul", está em falta! O mundo se vê desolado pela sede, pela desidratação. Sem água e sem energia elétrica, a população desesperada fugiu formando um êxodo urbano, travando todas as saídas da cidade, deixando muita gente para trás. Depois de anos, os sobreviventes deste vasto deserto povoado pela incerteza, precisam se juntar, encarar seus medos e iniciar um novo êxodo rumo a Terra Prometida. Episódios terríveis são acarretados, com grandes perdas. Pessoas vagam pelas cidades roubando o que restou nas casas e carros abandonados. Nessa jornada eles descobrem que o maior inimigo é própria seca. Como é de praxe em todos os conflitos do mundo, pós-apocalípticos ou não, há aqueles que se consideram superiores, que acham que devem controlar tudo e todos, mesmo em meio à desolação. É o que acontece com os “Filhos da Seca” uma tribo formada por militantes e liderada por um misterioso homem intitulado de “Grande Irmão” que transforma as ruínas de São Paulo, num cenário de guerra pela água disputando até o último gole de água. O tema é bem explorado mostrando as consequências de um consumo capitalista e o controle da água pelas superpotências, além é claro, do desespero humano diante da seca. Mas o livro vai além das questões ambientais e capitalistas, aborda também com uma linguagem própria que beira a poesia, os sentimentos humanos, desde o nascimento de um bebê à solidão de um deserto. O livro está recheado de citações bíblicas que demonstram é preciso ter fé para sobreviver.

Veja mais nas resenhas de quem já leu: 

conto Terra Prometida (Pedro Oliveira Blog)

conto Terra Prometida (Um minuto um livro - blog)

conto Tudo termina aqui! (blog Submerso em palavras)


CONTRACAPA








Acompanhe o ÊXODO pelo WattPad